terça-feira, 7 de junho de 2011

16 MILHÕES DE CRIANÇAS ÓRFÃS DEVIDO AO HIV


Nova York, 06 jun (RV) – Desde a última sexta-feira, estão reunidos, em Nova York, representantes de mais de 100 governos numa conferência sobre a situação das crianças que ficaram órfãs devido ao HIV. São cerca de 16 milhões no mundo todo que perderam seus pais para a doença.

A informação é do Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, segundo o qual a maior parte dessas crianças vive na África Subsaariana, mais precisamente 15 dos 16 milhões.

O evento - que é organizado pelo Unicef e pelo Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids - conta com doadores, organizações internacionais e instituições acadêmicas.

Entre as seqüelas que ficam nessas crianças, estão o trauma pela perda dos pais, as dificuldades econômicas, a discriminação e exclusão na escola e nos serviços sociais.

 
Contudo, em meio a tudo isso, há uma boa notícia. O número de novas infecções pelo vírus caiu em média 25%, entre 2001 e 2009. As informações constam em um relatório lançado também nesta sexta-feira, pela Unaids, em Genebra e Nova York, para marcar os 30 anos da epidemia.

Para o Órgão da Onu, o acesso ao tratamento vai melhorar em muito a resposta à Aids na próxima década. De acordo com a Rádio ONU, o chefe do Unaids, Michel Sidibé, disse que a terapia com antiretrovirais não só aumenta a sobrevivência, mas evita a transmissão do vírus para mulheres, homens e crianças.

Atualmente, mais de 6 milhões de soropositivos estão recebendo tratamento em países de rendas baixa e média. Infelizmente, porém, no ano passado, 9 milhões de pacientes que tinham direito ao coquetel não receberam o medicamento.
O primeiro caso de Aids foi notificado em 5 de junho de 1981. Hoje, 34 milhões de pessoas vivem com o HIV e cerca de 30 milhões perderam a vida desde o surgimento da doença.

Índia e África do Sul ainda concentram a maior parte de soropositivos. Há disparidades importantes, porém, a serem observadas: a África Subsaariana e o sudeste da Ásia registraram quedas acima da média, já América Latina e Caribe tiveram reduções de menos de 25%. O leste da Europa, o Oriente Médio e o norte da África registraram aumento dos casos de contaminação.

O relatório “Estratégia Global do Setor de Saúde sobre HIV/Aids para 2011-2015” deverá conduzir as ações da OMS e dos países-membros para fortificar os sistemas de saúde e responder a violações de direitos humanos e desigualdades que impedem o acesso ao tratamento. (ED)

Fonte:http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=493694

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