sábado, 8 de junho de 2013

FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA


"Sua Mãe guardava todas as palavras em seu coração”. (Lucas 2,51)

Hoje recordamos a festa do Imaculado Coração de Maria e esta foi introduzida em 1944 pelo Papa Pio XII na oitava da assunção. No novo calendário passou a ser determinado com a categoria de “Memória”, no sábado depois da solenidade do Coração de Jesus. Sábado após a festa da Santíssima Trindade.
Muito já se escreveu e muito já se falou sobre o Imaculado Coração de Maria, porém foi nosso Papa Emérito Bento XVI quem sintetizou esta tão singela devoção da seguinte forma: “Vemos que Coração de Maria é visitado pela graça do Pai, é penetrado pela força do Espírito Santo e impulsionado interiormente pelo Filho; isto é, vemos um coração humano perfeitamente introduzido no dinamismo da Santíssima Trindade.”
São João Eudes (1601-1680) foi o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis, o culto ao imaculado coração de Maria.
A festa tornou-se pública em 1648 entrando assim na liturgia comum, e a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao Coração de Maria.
Devemos reconhecer que foi a partir das aparições da Virgem Maria, em Fátima, que a devoção tomou um novo impulso conforme escreveu o Cardeal Cerejeira: “A missão especial de Fátima é a divulgação no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria.”
Foi no dia 13 de Junho, em Fátima que a Ssma. Virgem apresentou o coração circundado de espinhos pedindo reparação e pronunciando estas palavras: “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”... E disse a Lúcia: “Eu jamais te abandonarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzira a Deus”.
No ano de 1942, durante a segunda guerra mundial, o Papa Pio XII consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria.
No dia 4 de maio de 1944, o mesmo Papa Pio XII ordenou que a festa fosse observada em toda Igreja para que Maria intercedesse, pela paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores.
Foi no dia 25 de março de 1984 que o Papa João Paulo II, consagrou solenemente o mundo ao Coração Imaculado de Maria.
Por fim concluímos que; ao celebrarmos a festa do Imaculado Coração de Maria, experimentamos a insondável bondade de Deus que desejou amar com um coração humano, o coração da Virgem de Nazaré.
O Coração de Maria é fonte de graças e virtudes, devemos contemplá-lo e imitá-lo na entrega total aos desígnios de Deus: “Faça-se”.
Maria ao mostrar-nos o seu coração é sobretudo à vida que ela mostra. Ela quer nos mostrar que o amor repara os pecados, reanima a esperança, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos e liberta os humilhados.
Quantas vezes podemos imaginar Jesus recostado no colo de sua mãe, adormecendo com o sonoro pulsar do coração imaculado e amoroso. Os corações unidos de Jesus e Maria batem no mesmo ritmo, com a mesma intensidade e o mesmo amor.
Doce Coração de Maria sede Nossa Salvação.

sexta-feira, 7 de junho de 2013


Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso. 




Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).  Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.). No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração. Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.

Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas. O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.

A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773). Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião". A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.

Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874). E a Espanha em 919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).