quinta-feira, 14 de julho de 2011

ONU: seca na África põe em risco 1 milhão de crianças





A vida de 1 milhão de crianças desnutridas está em risco devido à seca que afeta a Somália e que está se agravando em outros quatro países vizinhos, na região conhecida como Chifre da África, principalmente no Quênia, alertou nesta sexta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"Temos 2 milhões de crianças desnutridas (nessa região) e metade delas estão em condições que ameaçam suas vidas. Isso significa um aumento de 50% em relação aos números de 2009", disse em Genebra a porta-voz do Unicef, Marixie Mercado.

Já o assessor do Unicef para casos de emergência na África Oriental e do Sul, Bob McCarthy, declarou por telefone de Nairóbi que uma nova preocupação na região decorre de um eventual surto de sarampo.

Ele lembrou que, nos últimos meses, o Quênia registrou uma epidemia dessa doença e que, no sul da Somália, a região vizinha e mais afetada pela seca, não foram realizadas campanhas de vacinação devido à inacessibilidade no local.

Outra agência humanitária da ONU, o Programa Mundial de Alimentação (PMA), informou que suas últimas avaliações indicam que 10 milhões de pessoas nos países afetados pela seca requerem assistência alimentar.

Isso significa uma dramática revisão para cima dos cálculos anteriores do organismo, que considerava que as pessoas necessitadas dessa ajuda eram 6 milhões.

A porta-voz Emilia Casella afirmou que, apesar da situação mais grave ser a da Somália, as condições no Quênia, Etiópia, Uganda e Djibuti também estão se agravando rapidamente.

Sobre a Somália, ela destacou que um terço da população "requer assistência humanitária" e que "o número de pessoas em crise aumentou em 450 mil desde janeiro, o que eleva o número total para 2,85 milhões de pessoas".

Na Etiópia, os resultados da última avaliação sobre as necessidades para a segunda metade do ano serão divulgados em breve, mas o PMA antecipa que deverá fornecer alimentos com urgência a cerca de 3,5 milhões de pessoas afetadas pela seca.

Casella explicou que os preços dos alimentos na Etiópia subiram mais de 32% e que, em alguns mercados da região leste do país, esses valores dobraram desde fevereiro.

No Quênia, as chuvas não caíram no norte durante a temporada habitual - entre abril e junho -, o que agravou a crise. "Estima-se que o número de pessoas afetadas ali suba para 3,5 milhões no mês de agosto", ressaltou a porta-voz.

Para ilustrar a pressão que existe sobre os preços dos alimentos, Casella indicou que a saca de 90 quilos de milho - alimento básico - ficou 160% mais cara no último ano, atingindo US$ 44.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) advertiu nesta sexta-feira que, "sem uma resposta internacional mais rápida e determinada", os esforços de ajuda aos refugiados somalis no sudeste da Etiópia estão ameaçados.

Desde que começou esta nova crise, 54 mil somalis cruzaram a fronteira com a Etiópia para fugir da seca. Nas últimas semanas, o ritmo de refugiados climáticos acelerou para 1,7 mil pessoas por dia.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Alemanha lidera debate sobre proteção de crianças em conflitos armados

Soldado de 12 anos do Zimbábue
Desde que a Convenção da ONU sobre os Direitos das Criança entrou em vigor, em 1990, estas se encontram sob a proteção especial da comunidade internacional. Entretanto, embora a situação tenha melhorado nestas duas décadas, as Nações Unidas estimam que, atualmente, 250 mil menores de idade sejam recrutados como soldados, em diversos países. Fato que, de acordo com os padrões internacionais vigentes, constitui crime de guerra.
 
Criança segura metralhadora de soldado inglês, no IraqueCriança segura metralhadora de soldado inglês, no IraqueNesta terça-feira (12/07) a Alemanha introduz um debate aberto no Conselho de Segurança da ONU sobre formas de melhor proteger as crianças nas zonas de conflito. Na qualidade de membro não permanente, o país preside o órgão neste mês.
 
Durante os preparativos para o debate, em Nova York, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, observou que décadas de guerra deixaram suas marcas no Sudão. O país acaba de se dividir. Na quarta-feira, o Sudão do Sul deverá ser acolhido na comunidade internacional como 193º membro da ONU.
 
Lá se percebe vivamente o que a guerra acarreta para os menores. "Escola e escolares foram sistematicamente atacados durante o conflito. Atualmente o Sudão do Sul tem a menor taxa de escolarização do mundo. Para as adolescentes, é maior a probabilidade de morrer durante o parto do que concluir a escola. Apenas 8% das mulheres sabem ler e escrever", relatou Bokova.
A Unesco calcula que, entre 1998 e 2008, 2 milhões de menores foram mortos em conflitos armados, 6 milhões ficaram gravemente feridos. Cerca de 250 mil são explorados como soldados, e a violência sexual é praticada sistematicamente.

De acordo com o direito internacional, usar crianças como soldados constitui um crime de guerra, da mesma forma que matá-las ou violentá-las. O Conselho de Segurança pode incluir numa lista negra um agente de conflito que cometa esse delito, quer se trate de um governo, quer de um grupo de rebeldes. Divulgada anualmente, a lista atual inclui, por exemplo, os radicais talibãs e a polícia do Afeganistão, assim como o Sudão, o Iraque e a Somália.

O que parece uma punição inofensiva representa um estigma de que a maioria procura se livrar, explica Peter Wittig, embaixador alemão na ONU. Para sair da lista negra, um país precisa propor um plano de ação e pô-lo em prática. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, explica que há 15 planos em nove regiões de conflito aguardando para ser aprovados, e mais outros dois são esperados até o fim do ano.

Wittig acaba de visitar o Afeganistão, chefiando uma delegação. Lá se constatou que o governo emprega esforços verdadeiros para melhorar a proteção infantil. Também o Chade, país do centro-norte da África que acabou de aprovar um plano de ação, pretende retirar todas as crianças de suas forças de segurança, para estar conforme com a Resolução 1612 das Nações Unidas, ressalta Ki-Moon, acrescentando: "Eu encorajo os governos da República Democrática do Congo, Mianmar, do Sudão e da Somália a seguir esse exemplo".



Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15228630,00.html

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Governador de Luanda: Graves problemas continuam a afetar crianças


O governador da província de Luanda, José Maria dos Santos, reconheceu que milhares de crianças através Mundo são abandonadas pelos próprios pais e que Angola não foge a esta realidade.

O governador de Luanda, que falava no termo do mês dedicado às crianças, acrescentou que muitas destas crianças são forçadas a trabalhar desde tenra idade.

Durante um encontro com crianças do Centro Cultural Mosaico na capital angolana, o governador disse estar ao corrente dos problemas que afligem as crianças e que por isso mesmo pedia à todos os intervenientes sociais que cumprissem com os compromissos assumidos desde a educação, registo de nascimento, alimentação e assistência social.

Dos 11 compromissos assumidos pelo governo para com as crianças, as crianças disseram que apenas uma parte estava a ser cumprida. Os mais pequenos citaram como exemplo o direito à alimentação, que engloba o projecto de merenda escolar.

Por seu lado o coordenador residente das Nações Unidas, disse que a aplicação dos 11 compromissos é apenas o princípio de uma longa caminhada salientando o problema do elevado índice de mortalidade materno-infantil.

domingo, 3 de julho de 2011

É diferente de tudo que tenho encontrado (..)




Neste dia 03 de julho realizei uma visita ao grupo da Infância Missionária do Bairro Promorar aqui em Mossoró, pude ter a graça de estar presente a um grupo de umas 30 crianças todas com o mesmo objetivo ‘tornar Jesus conhecido e amado’ além de que motivadas pelo nosso carisma, criança evangelizando criança, o encontro foi conduzido por momentos de louvor, brincadeiras e testemunhos da iam, foi muito bom ouvir das mesmas (crianças) que a Infância Missionária era diferente de tudo aquilo que elas tinham encontrado ate então e que depois da mesma muita coisa havia mudado em suas vidas! Em diversos grupos que tenho realizado as visitas este comentário é repetido, e muito me alegra, pois com isso aprenderemos a ser pessoas melhores e fazer com que outros também encontrem e busquem esta luz que acendeu em nossas vidas! Gostaria de agradecer a acolhida principalmente pelos meus amigos e irmãos Assessores Eduardo Costa, Rodrigo Nogueira, Ruan e demais colegas . . .
Seminarista Gerdson Nascimento

MS lidera índice de morte de crianças indígenas no Brasil



A quantidade de mortes de crianças indígenas por desassistência subiu 513% em 2010 em relação ao ano anterior. Os dados são do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, edição desta sexta-feira, quase 60% dos crimes ocorreram em Mato Grosso do Sul, onde índios guaranis disputam com o agronegócio suas terras tradicionais -há 73 áreas em disputa.

Segundo o relatório anual "Violência contra os Povos Indígenas no Brasil", 92 crianças menores de cinco anos morreram de doenças facilmente tratáveis em áreas indígenas no país, contra 15 em 2009.

Dois episódios puxam a cifra: as 19 mortes ocorridas no vale do Javari (AM), 5 por água contaminada durante uma estiagem e 14 por falta de assistência médica em casos de malária e hepatite; e 61 mortes por doenças infecciosas, respiratórias e desnutrição em uma única terra indígena xavante no município de Campinápolis (MT).
"De 100 crianças nascidas vivas, 60 morreram", disse o bispo do Xingu e presidente do Cimi, d. Erwin Kräutler. "Não tem outra explicação que não o descaso."

O relatório diz que o orçamento para a saúde indígena caiu de R$ 393 milhões para R$ 346 milhões. Em Mato Grosso, o Cimi acusa ainda desvio de dinheiro da Funasa (Fundação Nacional da Saúde), citando dados da Controladoria-Geral da União.

Assassinatos
Segundo o relatório, elaborado pela antropóloga Lúcia Helena Rangel, da PUC-SP, o número de assassinatos de índios em 2010 (60) foi o mesmo de 2009 e 2008.

Quase 60% dos crimes ocorreram em Mato Grosso do Sul, onde índios guaranis disputam com o agronegócio suas terras tradicionais -há 73 áreas em disputa.

D. Erwin afirma ainda que a aceleração da expansão do agronegócio e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ajudam a explicar a violência, na medida em que impedem a demarcação de terras indígenas.

sábado, 2 de julho de 2011

Formação para novos assessores em Upanema/RN - Brasil

Agora pela manhã aconteceu uma formação para novos assessores na Paróquia de Upanema com representantes da matriz e de duas comunidades rurais. O encontro foi assessorado pelo seminarista Cledson e durou quase toda manhã. Os assessores de duas comunidades pretendem em pouco tempo formarem seus grupos e uma fará diagnóstico para perceber a viabilidade neste momento. Todos ficaram bem empolgados em conhecer a IAM. Agradecemos a todos pela cooperação: Pe. Francinaldo, à secretária paroquial Alana, aos seminaristas Júnior e Luiz Henrique, como a todos novos assessores.