sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Crianças latinas são as mais pobres dos EUA


Pela primeira vez, o maior grupo de crianças pobres nos Estados Unidos não é branco.
Os 6,1 milhões de crianças latinas que viviam na pobreza no ano passado ultrapassaram qualquer outro grupo, segundo uma análise de dados do departamento americano do censo feita pelo Pew Research Center, uma entidade independente.
Em 2010, 37,3% das crianças pobres eram latinas; 30,5% eram brancas e 26,6% eram negras. Esse marco negativo dos latinos é resultado das enormes dificuldades que a crise econômica americana impôs a esse grupo, juntamente com sua alta taxa de natalidade, diz o relatório Pew.
As crianças pobres têm menos probabilidade de concluir o ensino médio e de entrar na faculdade. Os latinos constituem 16% da população americana, mas são responsáveis por 23% de todas as crianças do país, segundo o censo de 2010.
"Quando falamos de crianças latinas, hoje elas representam quase um quarto das crianças do país", disse Mark Lopez, autor do relatório Pew. "A maneira como essas crianças vão crescer e seu desempenho na escola e no mercado de trabalho terá implicações para o futuro do país neste século."
Dados do censo divulgados no início do mês revelaram que há mais americanos pobres do que em qualquer momento desde 1993, com 22% das crianças do país vivendo na pobreza. Considera-se que uma criança vive em situação de pobreza se sua família tiver renda abaixo da linha de pobreza definida pelo governo federal para famílias daquele tamanho. Em 2010, essa linha para uma família de quatro pessoas era de US$ 22.314 por ano.
A vasta maioria das crianças latinas que vivem na pobreza nasceram nos EUA. Mais de dois terços, ou 4,1 milhões, têm pais imigrantes, segundo o relatório. Os outros 2 milhões têm pais nascidos nos EUA.
Em 2006, os 4,2 milhões de crianças brancas em situação de pobreza superavam qualquer outro grupo. Havia 4,1 milhões de crianças pobres latinas e 3,8 milhões de crianças pobres negras.
Mas a crise econômica que se seguiu afetou desproporcionalmente os latinos. Muitos trabalham em empregos não-qualificados na construção, hotelaria e outros setores duramente atingidos. A taxa de desemprego entre os latinos é de 11,1%, em comparação com o total de 9,1% no país, segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA.

Fonte: http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204138204576600971575373858.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário