quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Diarreia é segunda maior causa de morte de crianças no mundo


Embora haja tratamentos econômicos e eficazes para a diarreia, a doença mata mais crianças do que a aids, a malária e o sarampo juntos. Essa foi a conclusão do relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Apesar dos progressos registados pela OMS nas últimas duas décadas, a diarreia ainda é a segunda causa de morte mais comum entre as crianças com menos de cinco anos, ficando atrás apenas da pneumonia. Em conjunto, as duas doenças são responsáveis por 40% das mortes infantis em todo o mundo.

O relatório "Diarreia: Por que as crianças continuam morrendo e o que pode ser feito", contém dados sobre as causas da diarreia, o acesso ao tratamento e prevenção, bem como um plano de sete pontos para reduzir as taxas de mortalidade.

A lista dos países é liderada pela Índia, onde se estima que morram, por ano, quase 390 mil crianças por doenças associadas à diarreia. Em seguida estão a Nigéria, República Democrática do Congo, Afeganistão e Etiópia.

A diarreia é um sintoma comum de infecção gastrointestinal, que pode ter várias origens. No entanto, muito poucos organismos produzem os casos mais graves. Mas um, o rotavírus, é responsável por mais de 40% de todas as internações de crianças menores de 5 anos. Recentemente existe uma vacina segura e eficaz contra o rotavírus, mas ainda é muito difícil obtê-la, na maioria dos países em desenvolvimento.

Globalmente, cerca de 88% das mortes por diarreia são atribuídas à má qualidade da água, saneamento inadequado e falta de higiene. Em 2006, 2,5 bilhões de pessoas não tinham acesso a instalações sanitárias adequadas e aproximadamente uma em cada quatro pessoas nos países em desenvolvimento defecou ao ar livre.

Acesso à água potável e boas práticas de higiene são altamente eficazes na prevenção de diarreia infantil. Foi demonstrado que a lavagem das mãos com sabão e água reduz a incidência de doenças diarreicas em mais de 40%, tornando esta prática uma das intervenções mais eficazes para a redução da mortalidade infantil por essa causa.

As campanhas de combate à diarreia infantil realizadas na década de 1970 e 1980 foram bem-sucedidas por educar as pessoas que cuidam de crianças e ampliar a escala da terapia de reidratação oral para evitar a desidratação. Apesar desses resultados promissores, rapidamente a atenção passou para outros problemas de saúde. Mas há agora uma necessidade urgente de dedicar novamente atenção e recursos para tratar e prevenir a diarreia.

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